Em um cenário de globalização, reestruturação produtiva e crescente incorporação de tecnologias, além de reformas administrativas do Estado, o setor da saúde enfrenta desafios relacionados à precarização das condições de trabalho.
Esses desafios incluem terceirização, insegurança social, desproteção, sofrimento, sobrecarga laboral, multiemprego, baixos salários, além de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.
Diante das atribuições legais da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) e considerando a ampliação das relações entre os setores público e privado no SUS, é importante destacar o crescente empresariamento da formação e contratação de trabalhadores da saúde, uma vez que as Secretarias de Saúde podem optar por não realizar a gestão direta de serviços e da força de trabalho em saúde.
Nesse contexto, muitas vezes, aderem a modelos alternativos de gestão, como a celebração de contratos com Organizações Sociais, Organizações da Sociedade Civil, Fundações Estatais de Direito Privado, Empresas Públicas, Credenciamentos, Agências Públicas ou Parcerias Público-Privadas.
Com o objetivo de compreender melhor a dinâmica do empresariamento na formação e contratação da força de trabalho em saúde e o cenário dos diferentes modelos de gestão e contratação no SUS, a SGTES celebrou parcerias estratégicas para o desenvolvimento de pesquisas com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a fim de subsidiar discussões e a elaboração de políticas públicas.